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Dia Mundial do Chocolate: como identificar produtos falsos

Barras de chocolates em meio a cacaus. Foto: ilustração

Nesta segunda-feira (7), comemoramos o “Dia do Chocolate”, mas é importante saber que nem todo produto com sabor ou aparência de chocolate pode ser considerado legítimo, e essa diferença impacta diretamente na saúde. Segundo a nutricionista Adriana Molica, especialista do INCCOR, a legislação brasileira exige no mínimo 25% de sólidos de cacau para um produto ser chamado de chocolate.

Já o padrão internacional Codex Alimentarius é mais rigoroso: 35% de cacau, sendo 18% de manteiga de cacau e 14% de massa de cacau. “Quanto maior o teor de cacau, maiores os benefícios antioxidantes e minerais”, explicou Molica ao G1. Para evitar armadilhas, a dica é ler atentamente os rótulos. “Priorize chocolates com cacau como primeiro ingrediente e evite os que listam óleos vegetais hidrogenados ou açúcar em excesso”, recomendou.

O chocolate branco, apesar de conter manteiga de cacau (mínimo 20%), não possui massa de cacau, perdendo assim seus compostos bioativos. Além disso, geralmente tem mais açúcar e gordura. Já os chocolates amargos (70-100% cacau) e meio amargo (50-70%) são os mais nutritivos. Produtos como “chocolates” diet ou light exigem atenção: muitos compensam a falta de açúcar com gordura extra ou reduzem nutrientes sem melhorar a qualidade.

Chocolates de baixa qualidade costumam substituir a manteiga de cacau por gorduras vegetais baratas, têm excesso de açúcar e aditivos artificiais. “Eles são vendidos como ‘sabor chocolate’ ou ‘cobertura hidrogenada’, mas não atendem aos critérios mínimos”, alerta a nutricionista. Esses produtos podem aumentar riscos metabólicos, como resistência à insulina e inflamação crônica, além de não oferecer os benefícios cardiovasculares e cognitivos do cacau puro.