Difamador de Patrícia Campos Mello mentiu ao Ministério Público antes de inventar história na CPI
Da Folha:
Um ano e dois meses antes de prestar depoimento com mentiras à CPMI das Fake News, no Congresso, Hans River do Rio Nascimento já havia dado declarações falsas para procuradores em uma apuração do Ministério Público Eleitoral em São Paulo.
Hans é ex-funcionário da empresa Yacows, especializada em disparos de mensagens em massa pelo WhatsApp, onde atuou nas eleições de 2018. Em 12 de dezembro do mesmo ano, ele foi questionado em ação que investigava disparos de mensagens em benefício de candidatos nas eleições.
Assim como ocorreu na semana passada em depoimento no Congresso Nacional, ele fez relatos mentirosos aos procuradores sobre seu contato com a repórter da Folha, Patrícia Campos Mello.(…) Aos procuradores, por exemplo, Hans disse que a repórter havia entrado em contato com ele em razão de um livro que ele havia escrito. Mensagem enviada na época, porém, mostra que a reportagem procurou ele pela primeira vez para falar a respeito do processo trabalhista que ele movia contra a Yacows.(…)
A apuração eleitoral na qual Hans foi testemunha em São Paulo deu origem a uma ação de impugnação de mandato contra 12 candidatos ao cargo de deputado em 2018. Neste ano, a ação foi considerada improcedente pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
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