Apoie o DCM

Digissexuais: conheça as pessoas que “fazem sexo” e sentem atração pela Inteligência Artificial

A influencer Suellen Carey. Foto: Divulgação

A influencer Suellen Carey relatou ter mantido, por cerca de três meses, uma relação virtual com um chatbot de inteligência artificial e afirmou ter descoberto uma nova forma de vivenciar sua sexualidade. Segundo ela, a troca de mensagens teria ocorrido de forma afetiva, com respostas consideradas acolhedoras e sem julgamentos. A publicação repercutiu nas redes sociais e reacendeu discussões sobre vínculos digitais.

De acordo com o psicanalista Arthur Costa, a digissexualidade descreve pessoas que desenvolvem conexão afetiva ou sexual mediada por tecnologias, como chatbots, avatares e realidade aumentada. Ele afirma que esses vínculos surgem devido à previsibilidade, ausência de rejeição e sensação de segurança proporcionadas pelas interações digitais.

O especialista aponta, porém, que a atenção deve estar no impacto social desse tipo de prática. Segundo ele, a identificação não é considerada patológica, mas pode gerar isolamento caso substitua experiências presenciais. A digissexualidade é apresentada como um fenômeno ligado à evolução das plataformas digitais e às novas formas de mediação do desejo.