Dilma sobre sua militância na juventude: “Não me arrependo de nada”
De Dilma, numa entrevista ao jornal La Jornada, do México, para onde embarca amanhã. Ela lembrava seus temoos de guerrilha. A tradução foi feita pelo jornalista Jorge Bastos Moreno, do Globo:
Outro dia eu estava lendo um texto do Mujica, conversei muito sobre isso com o Mujica. Nós não nos arrependemos de nada. O que você tem de fazer é entender que naquele momento, naquelas condições, o que te levou a fazer daquele jeito, hoje não tem a menor condição de ocorrer.
Jornalista: Claro, claro.
Presidenta: Não é? Isso é a primeira coisa. A segunda coisa: você muda, mas você não muda de lado, que é a segunda coisa. Ou seja, muda porque você vê que em alguns, com alguns fatos que ocorreram, alguns equívocos cometidos, você vê que tem um pouco, também, da minha juventude. Não é? E eu não vou ser contra a minha juventude. Mas tem coisa que não estava correta. Agora, eu não mudei de lado. Eu posso achar que tudo aquilo ocorreu… Agora, tenho muito orgulho de muita coisa, não largo aquilo de lado, não. A minha vida é inquestionavelmente marcada por aquilo.