Dinho Ouro Preto diz que “mordeu a língua” com Moro e vota em Marina

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Dinho Ouro Preto, de volta para a Banda Capital Inicial, comentou sobre o cenário político brasileiro. Ele afirmou ter se arrependido de ter apoiado o ex-ministro Sergio Moro, candidato ao Senado de São Paulo. Em 2016, ele dedicou “Que País É Este” para o ex-juiz que assistia à apresentação do camarote, no entanto admitiu arrependimento.
“Mordi minha língua. Eu via a Lava Jato como uma operação independente, que alcançaria todos os políticos, mas virou perseguição ao PT. Mais tarde, o cara ainda virou ministro da Justiça justamente da pessoa beneficiada pela Lava Jato. Não houve isenção, e eu me oponho à falta de isenção”, afirmou Ouro Preto à Folha.
Ele afirmou ainda que no momento, o único voto de certeza é em Marina Silva, que se lançou como deputada federal por São Paulo. “Liguei para a Marina na semana passada. Ela é um símbolo de ponderação, cautela e diálogo. Eu inclusive me oponho ao jeito que ela foi massacrada pelo PT e pintada como bicho-papão pela campanha da Dilma”.
Além disso, ele afirmou que a situação vivida pelo país alavancou não só o Capital Inicial, mas todo o rock dos anos 80. Filho de um cientista político e de uma historiadora, o artista definiu sua orientação política como de centro-esquerda. Ele disse que votou em Haddad no passado, mesmo com ressalvas ao Partido dos Trabalhadores e ao “culto à personalidade” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele declarou também que as músicas terão crípticas ao governo atual, embora não pautem só isso. “As músicas do Capital Inicial não são partidárias, mas eu tomo mais partido do ‘fora, Bolsonaro’. Olho para a Esplanada dos Ministérios e discordo de tudo que tem sido feito. Inflação, recessão, desemprego, fome. Qual é legado positivo desse homem?”, finalizou.