Diplomação de eleitos de São Paulo tem briga e baixaria
Do UOL
Em clima de torcida organizada e hostilidade, a cerimônia de diplomação dos políticos eleitos por São Paulo, nesta terça-feira (18), foi marcada por provocações entre grupos ligados ao ex-presidente Lula (PT) e ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), com ápice da tensão na invasão e retirada de integrantes da Bancada Ativista — coletivo de nove deputados eleitos pelo PSOL — do palco.
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Funcionários do cerimonial do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) informaram que a confusão pode ter começado porque o PSOL não comunicou previamente que o grupo subiria ao palco. O clima hostil, no entanto, havia começado minutos antes, com a diplomação de deputados do PT.
Ao ser anunciado, o deputado eleito Teonilho Barba foi aplaudido é vaiado ao fazer o “L” de Lula com a mão. Reeleito, o deputado estadual Enio Tatto fez o “L” e gritou “Lula Livre”. Da plateia, além de aplausos, se ouviam gritos de “Bolsonaro 171” e “Bolsonaro, quero meu cheque”, mesclados a gritos de “Mito” e “Chupa, Lula”, em resposta aos petistas. Até vuvuzelas estavam entre os convidados na plateia.
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Após a entrada de policiais militares no palco e cerca de dez minutos de confusão, o clima amenizou para que a cerimônia fosse retomada com a diplomação dos deputados federais eleitos. Ao subir ao palco, o deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL) foi saudado aos gritos de “Mito” e “Ustra” – referência ao coronel Brilhante Ustra, ídolo de Bolsonaro, apontado pela Comissão Nacional da Verdade como um dos chefes da tortura no Doi-Codi, durante a ditadura militar (1964-1985).
O clima voltaria a esquentar na diplomação dos deputados federais eleitos pelo PT, que repetiram o gesto de “L” com os dedos. Gritos de “Lula livre” e “Lula ladrão” duelaram na plateia.
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