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Direita nacionalista avança em Portugal

O deputado André Ventura, líder do partido de extrema direita Chega no parlamento em Lisboa – Patricia de Melo Moreira – 9.jan.2020/AFP

De Giuliana Miranda na Folha de S.Paulo.

Portugal, que até pouco tempo atrás parecia resistir ao avanço da onda de direita radical que se espalha pela Europa, assiste agora a um aumento da popularidade de iniciativas deste tipo.

Pesquisas de intenção de voto mostram que o recém-criado Chega, partido populista calcado em propostas nacionalistas e discurso antissistema, tem crescido em popularidade, igualando ou até ultrapassando o desempenho de legendas tradicionais da política lusitana.

Em outubro de 2019, a agremiação conseguiu eleger seu primeiro deputado.

Levantamento feito pela Intercampus indica que, se as eleições fossem hoje, o partido teria 6,2% dos votos, superando o CDS-PP, tradicional sigla da centro-direita, e muito próximo do desempenho do Partido Comunista Português, um dos protagonistas desde a redemocratização, em 1974.

Surfando na onda conservadora, o midiático líder do Chega, André Ventura (que é também o representante do partido no Parlamento) anunciou que vai concorrer às eleições presidenciais de janeiro de 2021.

Portugal é uma democracia parlamentar, onde o chefe de governo é o primeiro-ministro. O presidente da República tem uma função essencialmente institucional, embora com poder de vetar leis e ainda de dissolver a Assembleia de República e convocar novas eleições.

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