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Diretor da Associação Médica Mundial culpa Bolsonaro por explosão de mortos pela covid

Do Estadão:

Bolsonaro não consegue nem colocar uma máscara

Em 2018, quando eleito presidente da Associação Médica Mundial (WMA), entidade que produz orientações relacionadas ao trabalho dos médicos, o psiquiatra e professor da Unifesp Miguel Roberto Jorge tinha planos de ter como tema de sua gestão a relação médico-paciente, mas tudo mudou com a pandemia.

Ele esteve à frente do cargo da associação, que reúne entidades médicas de cerca de 115 países e que representa mais de 10 milhões de profissionais da área, desde quando o mundo assistiu à descoberta do vírus, passando pela escassez de equipamentos de proteção individual (EPIs) e respiradores, além dos picos de infecções e mortes.

Agora diretor da entidade, Jorge atribui parte do avanço da pandemia no Brasil às posturas do presidente Jair Bolsonaro. Ele e outros integrantes da cúpula do governo federal minimizaram os riscos de aglomeração, frequentaram locais públicos sem máscara e criticaram medidas de isolamento social.

“Se tivesse tido conduta sensata e alinhada com o que os experts em saúde e profissionais de Medicina, teríamos menos mortes. Essas atitudes fizeram com que mais pessoas se expusessem, se infectassem e morressem.”

Ele também descarta existir qualquer “tratamento precoce” contra a covid-19 e criticou a falta de posicionamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) mais firme sobre o tema.

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