Diretor da Força Nacional insufla novos motins de policiais militares

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Da Coluna de Ricardo Kotscho no UOL.
“Vocês movimentaram toda uma comissão de poderes constituídos do estado cearense e do governo federal. Então, os senhores se agigantaram de uma forma que não tem tamanho, e é o tamanho do Brasil que vocês representam.”
Quem entrasse na noite de domingo naquele quartel sublevado da PM cearense, em Fortaleza, poderia imaginar que estava ouvindo o líder dos amotinados, que deixaram um rastro de 220 mortes em 13 dias.
Mas quem discursava na assembleia policial, com palavras grandiloquentes, era o diretor da Força Nacional de Segurança Pública, Aginaldo de Oliveira, coronel da PM do Ceará, enviado pelo Ministério da Justiça ao estado para garantir a ordem pública.
Com direito a palanque, Pai-Nosso e Hino Nacional, Oliveira empolgou-se com os aplausos: “É muita coragem fazer o que os senhores estão fazendo. Não é pra todo mundo. Só os fortes conseguem atingir seus objetivos. E vocês estão atingindo seus objetivos. Este movimento que aconteceu aqui vai ser um ponto de inflexão, não na história do Ceará, mas na história do Brasil”.
Se isto realmente acontecer, dá para imaginar as consequências deste “ponto de inflexão”.
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