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Diretor de Departamento de Homicídios diz que “não houve execução” em chacina no Rio

Da Folha

Policiais civis carregam o corpo de uma pessoa morta durante operação na favela do Jacarezinho, nesta quinta-feira, 6 de maio, no Rio de Janeiro.RICARDO MORAES / REUTERS

Responsável pelo departamento que vai investigar as 24 mortes provocadas pela Polícia Civil na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, o delegado Roberto Cardoso disse horas depois das ocorrências que “não houve execução”.

Para Cardoso, diretor-geral do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa, a “prova cabal” da legalidade na atuação dos agentes é a morte do policial André Frias, 45.

“A prova cabal de que a Polícia Civil não entra para executar e é necessário que haja um revide é o falecimento do nosso policial. Como foi relatado aqui, no início da incursão o nosso policial foi alvejado e foi morto. Isso é a prova cabal de que não houve execução e houve sim uma necessidade real de um revide a uma injusta agressão”, disse Cardoso.

A operação desta quinta-feira (6), realizada pela própria Polícia Civil, foi a mais letal na história do Rio de Janeiro. De acordo com o estado, ela foi montada para o cumprimento de 21 mandados de prisão de acusados de aliciamento de menores para o tráfico de drogas –três foram cumpridos, e outros três alvos foram mortos. (…)