Diretor do beneficente “Conselho para a Pobreza dos Judeus” é acusado de roubar milhões
Pouco depois que William E. Rapfogel se tornou líder de uma das organizações de serviços sociais mais influentes de Nova York, em 1992, começou a roubar, dizem os promotores.
Ele recebeu envelope atrás de envelope recheado de propinas em dinheiro de acordo com uma queixa-crime apresentada na última terça-feira (24). Também foram citados um cheque de US$ 27 mil em nome de um empreiteiro que reformava seu apartamento, cerca de US$ 100 mil para ajudar seu filho a comprar uma casa, e um esquema de financiamento de campanha que manipulou as regras de financiamento, aumentando as contribuições de campanha de forma fraudulenta para favorecer políticos municipais que forneciam subsídios do governo à sua organização.
Durante mais de duas décadas na organização sem fins lucrativos ‘Conselho Metropolitano de Nova York Para a Pobreza dos Judeus’, Rapfogel e dois cúmplices roubaram mais de US$ 5 milhões, a maior parte em dinheiro dos contribuintes, informa a denúncia, que detalha os esquemas e acusa Rapfogel de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e outros crimes.
Parte do dinheiro foi para os cúmplices, que não foram citados na denúncia; parte foi dirigido para políticos e organizações políticas. Rapfogel, um homem cujas ações e ligações tornaram seu nome quase um sinônimo das causas filantrópicas judaicas da cidade, foi acusado de guardar mais de US$ 1 milhão para si.
Os envelopes recheados de dinheiro claramente somavam esse valor. Os investigadores encontraram US$ 400 mil escondidos em seu apartamento no Lower East Side – uma fatia considerável em seu armário – e em sua casa em Monticello, Nova York, de acordo com a queixa e uma pessoa a par do assunto.
Rapfogel reconheceu ilegalidades, sem especificar, quando a organização de caridade, conhecida por muitos como Met Council, descobriu as impropriedades financeiras e o demitiu no mês passado. Ele fez uma declaração dizendo: “Lamento profundamente os erros que cometi que levaram à minha saída.”
Na terça-feira, Rapfogel, vestido com um terno azul, camisa branca e sem gravata, foi acusado num breve processo perante o juiz Kevin McGrath no Tribunal Criminal de Manhattan. Ele não entrou com um apelo e renunciou ao direito de um julgamento rápido, uma atitude que sugere que ele estava ou estará envolvido em negociações de apelo. McGrath o libertou sob uma fiança de US$ 100 mil.
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