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Diretor do Datafolha elogia Lula e não vê Bolsonaro crescendo com inflação alta

O diretor do Datafolha Mauro Paulino.
O diretor do Datafolha Mauro Paulino. Foto: Silvia Zamboni / Valor

O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, rasgou elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e detonou o atual mandatário Jair Bolsonaro ao comentar as eleições de 2022.

Mauro afirmou que Bolsonaro não conseguirá crescer com a inflação atual. Ele também falou sobre o Auxílio Brasil e o verdadeiro impacto que Lula trouxe com o Bolsa Família para a estabilidade econômica. As declarações foram dadas em entrevista ao Globo.

Segundo Paulino, “quanto mais pobre, mais pragmático é o voto”. E esse eleitor vai votar, em 2022, no candidato que mostrar mais condições políticas de resolver o problema da fome e  da queda do padrão de vida da população. Por isso, Paulino prevê que a economia vai recuperar o protagonismo que havia perdido nas eleições de 2018 para a corrupção.

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O que disse o diretor do Datafolha

“Num primeiro momento, o Auxílio Brasil pode ter impacto positivo na avaliação de Bolsonaro, porque o programa não atinge só quem recebe, mas sim aqueles que conhecem alguém que recebe. Mas se a inflação continuar a crescer no início do ano que vem e tirar o poder aquisitivo desse auxílio, a maioria dos que recebem pode considerar que o dinheiro é insuficiente para se alimentar”, disse Paulino.

“Em 2006, o Bolsa Família foi decisivo para Lula se reeleger, e depois foi também decisivo para eleger Dilma Rousseff como sucessora. Era um contexto totalmente diferente do atual. Lula fez com que o poder aquisitivo do salário mínimo crescesse, em uma situação de estabilidade econômica. Não vejo perspectiva disso no momento presente, com inflação acima de dois dígitos”, continuou.

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