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Diretor do Santander é conselheiro do MinC e estava na reunião que aprovou Lei Rouanet para Queemuseu, diz curador

Na entrevista que deu ao DCM, o curador Gaudêncio Fidélis, da Queermuseu, acusa o Santander de ter sido covarde e de ter sequestrado as obras durante o período em que a exposição ficou fechada.

Segundo ele, nesse tipo de evento as obras são emprestadas gratuitamente por meio de solicitação dos organizadores (no caso, o Santander), seguindo um protocolo internacional que prevê a exibição pública.

Com o fechamento, o banco trancou as produções numa sala em Porto Alegre por cerca de um mês, prejudicando os colecionadores e impedindo que elas fossem para outros centros culturais.

Ele também cobra o diretor artístico do Santander Cultural em Porto Alegre, Carlos Trevi, responsável por aprovar previamente todo o conteúdo. “Ele sabia desde o início o que seria exposto”, diz.

Trevi, de acordo com Fidélis, faz parte da Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (CNIC) do MinC, que aprova os projetos da Lei Rouanet.

“Não posso afirmar se ele se isentou na hora de votar ou não, mas posso afirmar que ele estava na reunião que aprovou a ‘Queermuseu’ na lei Rouanet. Carlos Trevi é membro da CNIC há muito tempo. E representa quem? O Santander”.

Isso se chama conflito de interesses.

Carlos Trevi, do Santander