Diretor responsável pelo Enem apoia demissão coletiva de servidores e detona gestão do Inep
Anderson Oliveira, Diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep e responsável pelo ENEM, defendeu a decisão de demissão coletiva de servidores e detonou a gestão do órgão. Em ofício interno, ele relata um cenário de escassez de mão de obra e afirma que caso haja sobrecarga de trabalho, políticas como o Enem Digital serão afetadas.
Em carta ao chefe de gabinete do órgão, Álvaro Parisi, e ao chefe da Assessoria de Governança e Gestão Estratégica, Eduardo Alencar, o diretor apoiou os funcionários e afirmou que as “adversidades que relatam são legítimas e devem receber atuação rápida e eficaz da alta gestão” e do MEC.
“A incorporação de avaliações internacionais novas, criação do Enem Digital, o contexto pandêmico e as medidas que são exigidas por ele, somam-se aos já existentes processos do Inep que, caso se transformem em sobrecarga de trabalho, impedirá o aumento de escopo das avaliações, e poderá gerar desconforto se não houver mediação e atendimento das necessidades dos servidores para essas entregas”, diz o diretor.
Na última semana, 37 servidores que ocupam cargos de coordenação pediram exoneração de suas funções após denúncias de assédio moral contra o presidente do órgão, Danilo Dupas. Os servidores denunciaram ainda episódios de censura e afirmaram que Dupas não assume atribuições sob sua responsabilidade.
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Gestão do Inep é detonada
No documento, Oliveira fala a respeito da importância da governança para o funcionamento do Inep. Ele também critica a recém criada Assessoria de Governança e Gestão Estratégica. Segundo ele, a área não pode usar “controle para prejudicar o trabalho desempenhado pelos responsáveis pelas atividades.” Com informações do Globo.
“Para que o Inep consiga, mesmo diante das carências entregar mais a cada ano, a gestão poderá se valer da governança, que pode ser vista como umconjunto de ações que defi nem as responsabilidades e ajudam a desenhar os processos para tomadas de decisão. Foi criada uma estrutura inédita no órgão para essa finalidade. Para atingir esse objetivo, porém, essa estrutura não deve se valer dos mecanismos de controle para prejudicar o trabalho desempenhado pelos responsáveis pelas atividades”, diz o diretor, acrescentando:
“O erro ocorrerá sempre por aquele que trabalha. Não por aquele que se abstém de se destacar e assumir responsabilidades. O controle interno sempre deve ser buscado pela administração pública é verdade. Mas o a penalidade deve recair sobre atos dolosos deliberadamente arquitetados e realizados. O zelo, quando excessivo, também pode trazer efeitos negativos.”
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