“Discordo dos ataques de Ciro a Lula”, diz pré-candidato do PDT ao governo do Rio
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Em entrevista ao Globo, Rodrigo Neves, pré-candidato do PDT ao governo do Rio, falou que não concorda com as ofensas do ex-governador do estado do Ceará Ciro Gomes ao ex-presidente Lula. Ele também criticou outros concorrentes na disputa eleitorais do do estado, Cláudio Castro e Marcelo Freixo e declarou que não deve desistir de candidatura.
O ex-prefeito de Niterói, que não está mais no PT desde 2016, criticou a forma de governo do partido, mas afirmou que não concorda com os posicionamentos de Ciro a respeito de Lula, Ele elogiou os mandatos do petista.
“No fundo, boa parte dos problemas de corrupção derivam desse modelo de presidencialismo, e o Ciro (Gomes) tem falado sobre isso corretamente, disse. “Agora, eu discordo dos ataques pessoais ao ex-presidente Lula. (…) Lula foi o melhor presidente desde a redemocratização, e não podemos desconsiderar a necessidade de diálogo com as forças democráticas”.
O pré-candidato, embora sem grandes alianças como os outros adversários, disse também que sua candidatura é “irreversível”. “Já tenho o apoio declarado do Cidadania e do Patriota, e setores do PT, PCdoB, PV e PSB também caminharão conosco (…) Em Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, onde sabem quem eu sou, vou bem nas pesquisas”, disse ao comentar que boa parte da população do Rio ainda não tem candidato.
Ele seguiu com críticas aos adversários e disse que ambos não possuem capacidade de governar no estado. “É uma eleição de entregas, e a população vai querer alguém testado”, afirmou ao citar Castro. “O governador foi a vida toda o carregador de mala do Pastor Everaldo (presidente do PSC), um assessor. Ele não governa, é teleguiado, loteou os órgãos do estado com deputados amigos. Mas, por ora, está se beneficiando da indefinição nas alianças”.
“O Freixo é um bom parlamentar, mas nunca se esforçou para adquirir experiência no Executivo. Você entregaria o seu carro para uma pessoa que nunca dirigiu na vida? Freixo sempre criticou o Lula por fazer um governo moderado”, reiterou.