Disparidade de gênero cresce no Brasil em ranking do Fórum Econômico Mundial
Reportagem de Jamil Chade no Estado de S.Paulo informa que o Brasil perdeu espaço no ranking de igualdade de gênero divulgado na segunda-feira, 17, pelo Fórum Econômico Mundial. Em um ano, o País caiu cinco posições na classificação, que considera mais de 50 itens com o acesso à saúde, renda, e participação política. Em 2018, o Brasil aparece em 95.º lugar, em uma lista de 149 países, alcançando o pior resultado desde 2011.
De acordo com a publicação, o que mais pesou foi a queda na participação das mulheres no mercado de trabalho e oportunidades de renda. “O Brasil registrou uma invertida significativa no que se refere ao progresso em direção à paridade”, alertou o informe. Ao Estado, Saadia Zahidi, uma das integrantes do Conselho do Fórum e chefe do Centro para Nova Economia e Sociedade, indicou que esse será um dos principais temas do encontro que será realizado em Davos, em janeiro, e que deve ser a “estreia internacional” do futuro presidente Jair Bolsonaro.
“Esperamos que todos os líderes deem atenção ao tema e o ranking será um dos fatores para motivar esse envolvimento”, disse. “Queremos demonstrar de forma objetiva que países terão melhores resultados se assumirem esses problemas de forma séria e se fizerem mais para integrar as mulheres na economia, na liderança”. No caso do Brasil, os dados revelam que, considerando o potencial total de oportunidades dadas a uma pessoa para trabalhar ou se desenvolver, uma mulher consegue atingir apenas 68% dele. Na América Latina, o Brasil é apenas o 21.º país na região – superado por Venezuela, Cuba, Honduras ou Bolívia. Países como Indonésia, Vietnã, Quênia ou Mianmar também aparecem em melhores posições que o Brasil, completa o Estadão.
