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Documentário sobre o golpe ganha dois primeiros de festival de cinema em Portugal

Documentário O Processo. Foto: Divulgação

O Processo, documentário de Maria Augusta Ramos, ganhou dois prêmios do Festival IndieLisboa, de Portugal. O do Público e o Silvetre. O filme mostra como o Congresso cassou a Dilma Rousseff, sem que houvesse crime de responsabilidade. Na avaliação do júri, os méritos de O Processo são principalmente três:

  1. Pela sua linguagem cinematográfica, que permite que façamos as nossas próprias observações. Pela sua montagem aberta, que é fluente e elegante. Um drama político contado através da narrativa clássica sem cair no classicismo gramatical e formal.
  2. O Processo é um filme sobre a política brasileira que também mostra o processo universal de deslegitimação das instituições republicanas e lança uma nova luz sobre os perigos que ameaçam a democracia contemporânea,
  3. Este é um filme sobre as estruturas da vida humana que nunca perde a humanidade e as emoções – um tipo de filme que gostaríamos de ver mais no cinema contemporâneo.

O Prêmio tem como objetivo valorizar “obras de jovens cineastas e autores consagrados, que rejeitem fórmulas consagradas, que despertem novas linguagens e cuja rebeldia espelhe o espírito do festival.”