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Dólar cai e bolsa sobe com apoio de Meirelles a Lula

Ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e ex-presidente e candidato Lula (PT). Foto: Reprodução

Após o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, formalizar apoio à candidatura do ex-presidente e candidato Lula (PT) nesta segunda-feira (19), a campanha do petista conseguiu dar uma importante sinalização positiva ao mercado. O movimento reduz o temor com um descontrole das contas públicas e eleva a credibilidade em um eventual novo governo petista. Com informações de O Globo.

Meirelles defendeu o legado econômico dos governos do petista, quando chefiou o BC. “Eu olho e vejo o resultado do seu governo, isso nos faz estar aqui. Estou aqui com tranquilidade, com confiança, porque eu sei o que funciona e o que pode funcionar no Brasil”, disse o ex-ministro da Fazenda.

“Eu entendo que, ainda que tenha muita água para rolar, o apoio do Meirelles sinaliza que Lula deu indício de uma pauta econômica racional, o que implica que o Ministério da Economia não ficará nas mãos de alguém mais da ‘linha dura’ do PT”, avalia o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi. “Além da gestão do BC e de ser um político mais pró-mercado, Meirelles foi um dos mentores do teto de gastos, o que eleva a credibilidade com relação ao arcabouço fiscal do governo Lula.”

A sinalização pode ajudar a dirimir a resistência do mercado ao nome do petista, que tem falado em revisão do arcabouço fiscal do País e em aumento de programas sociais. A campanha de Lula já prometeu, por exemplo, manter o valor do Auxílio Brasil em R$ 600 no ano que vem e conceder um adicional de R$ 150 no benefício a cada filho com menos de seis anos nas famílias beneficiárias.

Para o economista-chefe da Necton, André Perfeito, o evento marca um esforço claro da campanha em sinalizar que a intenção é repetir a fórmula de política econômica ortodoxa observada no primeiro governo Lula e reduzir a resistência do mercado ao nome do petista, que é líder nas pesquisas de intenção de voto: “Essa sinalização eu acho que é bastante adequada, no sentido de tentar apaziguar qualquer desconforto que tenha”, diz o analista.

O dólar caiu 1,79%, negociado a R$ 5,1647, após atingir a máxima de R$ 5,3027.

“Tivemos essa onda vendedora devido a uma percepção positiva do risco fiscal no país, após o apoio de Henrique Meirelles a candidatura do Lula. Mas há muita expectativa pelo Fed na quarta-feira, então, o mercado deve operar com muita volatilidade”, destaca o diretor da FB Capital, Fernando Bergallo.

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