Dom e Bruno: Univaja contesta investigação após PF descartar mandante
Após a Polícia Federal divulgar que descartou o envolvimento de organizações criminosas ou mandantes na morte de Dom Phillips e Bruno Pereira, por meio de uma nota, a Unijava (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) contestou a PF.
A entidade afirmou que a PF “desconsidera as informações qualificadas, oferecidas pela Univaja em inúmeros ofícios, desde o segundo semestre de 2021, que apontam a existência de um grupo criminoso organizado atuando nas invasões constantes à Terra Indígena Vale do Javari, do qual ‘Pelado’ e ‘Do Santo’ fazem parte”.
A instituição ressalta também que “as autoridades competentes, responsáveis pela proteção territorial e de nossas vidas, têm ignorado nossas denúncias, minimizando os danos, mesmo após os assassinatos de nossos parceiros, Pereira e Phillips”.
O documento diz ainda que “o grupo de caçadores e pescadores profissionais, envolvido no assassinato de Pereira e Phillips, foi descrito em ofícios enviados ao MPF (Ministério Público Federal), à PF e à Funai (Fundação Nacional do Índio). Descrevemos nomes dos invasores, membros da organização criminosa, seus métodos de atuação, como entram e como saem da terra indígena, os ilícitos que levam, os tipos de embarcações que utilizam em suas atividades ilegais”.
A PF afirmou que, apesar de os dois suspeitos presos não terem agido através de um mandante, o inquérito ainda busca confirmar ou descartar se houve a participação de outras pessoas no assassinato. Porém, a Univaja cobra uma resposta mais concreta e exige a continuidade de um aprofundamento nas investigações.
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