Dono de banco de esquema do PCC na Prefeitura de SP é 2° maior doador de Nunes

O empresário Rui Denardin, proprietário do Grupo Mônaco, que atua no setor automotivo e é acionista do Banco Luso Brasileiro, entrou na lista de doadores da campanha do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Ele fez uma doação de R$ 100 mil no dia 14 de outubro, tornando-se o segundo maior doador da campanha, atrás apenas de Antonio Setin, fundador da Setin Incorporadora. A informação é do Metrópoles.
Denardin comanda uma holding com foco no mercado automotivo, e em 2022, o Grupo Mônaco adquiriu 50% das ações do Banco Luso Brasileiro. No entanto, o banco enfrentou polêmicas antes da entrada dele. Em 2015, o Luso Brasileiro foi citado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em uma investigação que ligava a instituição ao esquema da Máfia dos Transportes, devido à concessão de financiamentos para microempresários da Transwolff, empresa acusada de lavagem de dinheiro para o PCC.
O banco, segundo a investigação, liberou créditos para 89 microempresários, prestadores de serviço da Transwolff, que repassaram o dinheiro para uma holding controlada por sócios ligados ao grupo criminoso. O esquema foi alvo da Operação Fim da Linha, do MP-SP, que identificou o envolvimento de R$ 54 milhões oriundos de atividades ilegais para a participação da Transwolff em licitações de transporte público na capital.
Apesar das acusações, o Banco Luso Brasileiro negou qualquer envolvimento. Em nota, a instituição declarou desconhecer investigações sobre suas atividades e afirmou manter cooperação ativa com as autoridades reguladoras, passando por auditorias internas e externas do Banco Central. “Todos os nossos processos internos são regularmente atualizados para garantir conformidade com as melhores práticas do mercado”, concluiu o banco.
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