Dono de jornal que criticou o presidente, fundador da Amazon ganhou US$ 46 bilhões na Era Trump

De Angel Au-Yeung na Forbes.
Não há amor entre Donald Trump e Jeff Bezos. Desde o momento em que o atual presidente norte-americano iniciou sua campanha presidencial em junho de 2015, ele deixou bem claro seu desdém por Bezos, fundador e diretor executivo da Amazon. A inveja pode fazer parte disso: o executivo é o segundo homem mais rico da Terra, ostentando uma fortuna 37 vezes maior que a de Trump.
Mas também existem outras duas possibilidades. A primeira delas é que Bezos é dono do “Washington Post”, jornal que atacou agressivamente o presidente. A segunda é o modelo de negócios adotado por Bezos, que afasta os compradores das lojas físicas, reduzindo a fortuna de corretores de imóveis que possuem pontos de vendas tradicionais – como o próprio Donald Trump.
O presidente dos Estados Unidos pode até ter desacelerado o boom de Bezos, mas não o interrompeu completamente. Quando Trump assumiu o cargo, o fundador da Amazon estava em segundo lugar na lista FORBES 400 dos norte-americanos mais ricos, atrás do cofundador da Microsoft Bill Gates, a pessoa mais rica do país desde 1994. Mas, em 2018, Bezos ultrapassou Gates como o pessoa mais rica dos Estados Unidos – e do mundo. As ações da Amazon dispararam 130% e o fundador da gigante do varejo online adicionou US$ 46 bilhões ao seu patrimônio desde que Trump tomou posse em janeiro de 2017, em grande parte graças ao aumento dos negócios em seu império de comércio eletrônico e sua divisão Amazon Web Services, uma plataforma sob demanda de computação em nuvem. Hoje, o patrimônio líquido de Bezos é de US$ 115,6 bilhões. Mesmo depois de um divórcio histórico, que custou a ele US$ 35 bilhões em ações da Amazon destinadas para sua ex-mulher, MacKenzie, Bezos continua como o maior vencedor, em termos de crescimento da fortuna, desde que Trump assumiu o comando da Casa Branca.
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