Dono do Madero, que apoia ato golpista do dia 15, era garimpeiro e andava com “sacos de dinheiro”

Do Glamurama:
O paranaense Junior Durski já foi vereador, madeireiro e garimpeiro, mas foi na cozinha, como chef e depois como criador da rede Madero, aquela do “melhor hambúrguer do mundo”, hoje avaliada em R$ 3 bilhões, que ele se cacifou para o jogo alto.
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Quando diz que gosta de correr riscos, Junior Durski não está a se apoiar numa frase de efeito – frase cara, aliás, ao pessoal da nova economia.
Em seus tempos de garimpeiro em Rondônia, um curto interregno das décadas como madeireiro, ele precisava andar com dois seguranças armados para fazer negócios. Durski comprava ali cassiterita – minério de onde se retira o estanho – e a revendia em São Paulo e outros mercados consumidores. O negócio tinha de ser feito em cash, e o dinheiro ia acondicionado num saco volumoso, facilmente percebido pelos ladrões. Como as estradas no fim do século passado em Rondônia eram mais ou menos como são hoje, ele precisava caminhar uns 10 quilômetros até a mina. Não fossem os jagunços, estaria exposto ao deus-dará.
Ele lembra de um colega que fazia promoção de sua virilidade, ao dizer seguidamente que dispensava os seguranças. Um dia deu ruim: o trader tomou um tiro, caiu e morreu na hora. O ladrão pegou o saco de dinheiro e mal se preocupou com os seguranças de Durski, logo ao lado. “Aquilo não era assunto nosso”, diz Durski.
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