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Dossiê diz que assassinato de indigenista amigo de Bruno foi encomendado

Bruno estava “atrapalhando os negócios” dos assassinos, diz investigador da polícia civil
Indigenista assassinado na Amazônia por criminosos, Bruno Pereira
Foto: Reprodução

Em 2019, o indigenista Maxciel Pereira dos Santos, amigo de Bruno Pereira, foi assassinado na região do Vale do Javari (AM). À época, a Polícia Federal recebeu um dossiê que apontava que a morte violenta foi encomendada. A investigação foi feita paralelamente por sua família.

Ele e Bruno foram parceiros no combate à exploração ilegal na região. Familiares de Maxciel dizem, no documento, que ele foi morto em uma emboscada encomendada por rede criminosa de narcotraficantes, pescadores ilegais e garimpeiros que atua na fronteira com a Colômbia e com o Peru.

A PF ainda não apresentou explicação sobre a motivação e a autoria do atentado contra o indigenista. Familiares apontam que o mesmo grupo pode estar por trás da morte de Bruno e Dom Phillips. Um irmão de Maxciel, que preferiu não ser identificado, disse à Carta Capital que se a morte dele tivesse sido esclarecida, o jornalista e o indigenista estariam vivos.

Segundo a investigação paralela, a morte de Maxciel foi encomendada por prejuízos causados com apreensões e com o combate ao mercado ilegal de caça e pesca no Javari. Ele prestava serviço para a Funai (Fundação Nacional do Índio) e fiscalizava invasões no território.

Seus familiares entregaram à corporação supostos valores pagos pela encomenda da morte e nomes de testemunhas que prestariam depoimento. Eles suspeitava de Rubens Villar, conhecido como “Colômbia”, um peruano que tem dupla personalidade e grande influência na região do Alto Solimões. Seu nome apareceu nas investigações sobre a morte de Bruno e Dom, e ele é procurado pela polícia.

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