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“É minha categoria, meu sangue”, diz ex-deputado que teve prisão preventiva decretada por motim e fugiu

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Do Estadão:

Acusado de liderar o grupo de policiais que se amotinaram no 18° Batalhão em Fortaleza e chamado de ‘foragido da Justiça’ pelo governo do Ceará, o ex-deputado federal Cabo Sabino (Avante-CE) afirmou ao Estado que não desempenhou papel de liderança entre os amotinados, mas que ‘não tinha como abandonar’ os militares.

No fim da tarde desta quinta, 5, Cabo Sabino se apresentou à Justiça Militar e teve a ordem de prisão preventiva substituída pela proibição de entrar em instalações das forças de segurança por seis meses. Nas redes sociais, o governador, Camilo Santana (PT), disse ter ficado ‘indignado’ com a decisão e acusou o ex-deputado de ‘promover todo tipo de desordem’.

Durante o motim, foram registrados 312 homicídios no Ceará, mês mais violento desde 2013, quando foram adotados os atuais critérios para a série histórica no Estado.

Sem chamar o caso de motim e se referindo aos agentes como ‘garotos’, o ex-parlamentar questiona a imparcialidade nos processos movidos contra os amotinados na Corregedoria Militar e diz não ter dúvidas que o governo irá trabalhar sua demissão. “Na realidade, acho que ela já está pronta”.

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Dava ver que eram jovens, corajosos. E aí ficamos com eles por 13 dias. É minha categoria, meu sangue. Foi onde passei 27 anos da minha vida. Não tinha como abandonar aqueles garotos.