“É muito triste. Os artistas vivem uma verdadeira perseguição”, diz atriz da Globo
Do F5:
No ar em “Éramos Seis” (Globo) como Dona Genu, Kelzy Ecard, 54, reconhece que está numa situação de privilégio em relação a seus colegas do teatro. Contratada por uma emissora de TV, a atriz sabe que o momento para a classe artística é de dificuldade. “É muito triste ver o que está acontecendo. Os artistas vivem uma verdadeira perseguição.”
Ecard diz que a indústria cultural é uma das mais rentáveis do país e emprega não só artistas, mas costureiros, camareiros, contrarregras, iluminadores, faxineiros, bilheteiros, pipoqueiros, entre outros. “Os investimentos geram praticamente o dobro do dinheiro aplicado. Trabalhamos todos os dias da semana, praticamente 24 horas por dia.”
A atriz dá a declaração em meio a movimentações políticas que desagradam a classe artística, a exemplo do projeto de lei que acaba com a obrigatoriedade de registro profissional para artistas e da retirada de cartazes de filmes brasileiros da sede da Ancine (Agência Nacional do Cinema), localizada no Rio, após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que filmes “contra os valores da família” passariam por um filtro.