Eduardo Bolsonaro volta a atacar Miriam Leitão: “Não posso fazer uma piada”

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a atacar a jornalista Miriam Leitão nesta quarta-feira (27). Ele ironizou o fato da profissional do Grupo Globo ter sido vítima de tortura na ditadura militar.
Durante a sessão do Conselho de Ética da Câmara, o filho do presidente da República declarou que suas declarações sobre ter “pena da cobra”, referência ao episódio em que Miriam, grávida de um mês, foi presa em uma sala com uma jiboia por militares, era apenas uma “piada”.
“A Miriam Leitão se diz torturada, assim como todas as pessoas que estão nos presídios dizem que foram torturadas por policiais”, declarou Eduardo. “Ela, tendo como única prova o depoimento dela, eu tenho que ser obrigado a acreditar na versão dela, eu não posso sequer fazer uma piada.”, completou.
Eduardo Bolsonaro e Miriam Leitão
No começo do mês, Eduardo disse que não acreditava que Leitão tinha sofrido tortura na ditadura militar. Na época, ele foi muito criticado, enquanto a jornalista recebeu solidariedade de colegas e políticos.
A ditadura militar foi o regime que existiu no Brasil de 1964 a 1985. A Comissão Nacional da Verdade apurou que mais de 400 pessoas foram mortas ou desapareceram nas mãos do regime. Além disso, milhares de pessoas foram presas de forma arbitrária e torturados. Outros tipos de perseguição política a militantes de esquerda também eram frequentes no regime, que foi amplamente apoiado pelos Estados Unidos e por parte da classe dominante brasileira.