Da Exame
Apesar dos elogios rasgados à equipe econômica do futuro governo, repleta de Chicago boys, o efeito da eleição de Jair Bolsonaro sobre o mercado, especialmente no câmbio, se esgotou. O dólar vem operando em alta nas últimas quatro semanas e já está acima do nível anterior ao primeiro turno, de R$ 3,83. O Ibovespa ainda se mantém acima do nível pré-eleição, mas se distanciou do recorde. O mercado de juros é o onde o otimismo está mais resistente, graças ao recuo da inflação.
Um dos motivos para o comportamento do câmbio é o aumento da volatilidade externa, com a combinação de riscos como o de alta dos juros americanos, da guerra comercial entre EUA e China e, mais recentemente, a queda livre do petróleo.
Além do petróleo, o recuo do minério de ferro, uma das principais commodities da pauta de exportações do país, é negativo para grandes produtores como o Brasil e Austrália, diz Win Thin, da Brown Brothers Harriman.
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