“Ela é faca na caveira”: conversas mostram relação próxima da Lava Jato com juíza do copia e cola

Diálogos apreendidos pela Operação Spoofing que aparecem em documento protocolado pela defesa do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal indicam, além da relação entre os procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro, uma proximidade entre a força-tarefa de Curitiba e a juíza Gabriela Hardt, que sucedeu Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba. (…)
Um dos principais indícios é uma mensagem enviada pelo procurador Athayde Costa no grupo de Telegram da Lava Jato em 16 de novembro de 2018, às 23h57. “e Gabriela é faca na caveira demais Pedi uma decisao hj e ja saiu”, escreveu Costa.
CartaCapital manteve as abreviações e eventuais erros ortográficos ou de digitação cometidos pelos procuradores.
Há, de fato, uma decisão assinada pela magistrada Gabriela Hardt em 16 de novembro daquele ano. No despacho, a juíza decretou o bloqueio de 20 milhões de reais de treze alvos da 56ª fase da Lava Jato, chamada de “Sem Fundos”. A determinação também sequestrou ativos de 38 empresas ligadas aos investigados pela operação.

A decisão de Hardt foi tomada após uma investigação do Ministério Público Federal apontar que as empreiteiras OAS e Odebrecht supostamente repassaram 68 milhões de reais em propina ao PT e a ex-dirigentes da Petrobras e da Petros em um esquema de corrupção relacionado à construção da sede da estatal na Bahia, conhecida como Torre Pituba. (…)
O caso envolvendo a 56ª fase da Lava Jato, porém, não é a única menção a Gabriela Hahrdt na nova leva de diálogos revelados. Em 2 de novembro de 2018, Dallagnol escreveu aos colegas procuradores no Telegram: “Precisamos marcar reunião com a Gabriela sobre as fases pendentes de decisão. Temos só a do Athayde e Je?”. Horas depois, ele complementou: “Vou marcar com ela pro começo da semana”.
Veja outra citação à magistrada, desta vez em 7 de novembro de 2018:

X.X.X
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