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‘Ele falava para todo mundo que era corrupto’, afirma ex de fiscal

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“Eu sou corrupto. Eu sei roubar.”

Era assim que o fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães, 41, justificava o patrimônio que acumulara, segundo relato de Vanessa Alcântara, 27, à Folha. Ela é mãe de um filho dele.

Magalhães dizia isso em churrascos com amigos, na charutaria que frequentava (a Cigar & Book, na Vila Nova Conceição), e para parentes de Vanessa, afirma ela.

“Ele falava isso para todo mundo”, resume.

Vanessa diz que nunca ficou com dinheiro da propina que o ex-companheiro recebia de incorporadoras.

Afirma querer apenas os direitos que tem como mãe de um filho de Magalhães, de 9 meses. Ela recebe uma pensão de R$ 700 mensais, mas acha que o valor justo, de acordo com a lei, seria R$ 3.000.

O Ministério Público investiga mais 42 auditores fiscais da Prefeitura de São Paulo pela suspeita de que eles enriqueceram de forma ilícita.

Contra três deles há ainda indícios de corrupção ativa e passiva, além de improbidade administrativa.

Todos os inquéritos foram abertos a partir de suspeitas encaminhadas à Promotoria pela Controladoria Geral do Município, órgão da prefeitura criado neste ano.

O órgão cruzou informações sobre os bens adquiridos pelos servidores e os seus rendimentos e descobriu que eles eram incompatíveis.

Agora, o Ministério Público investiga se o enriquecimento se deu por meio de crimes como os apurados na operação que descobriu um esquema de extorsão a empresas por fiscais do ISS.

Na lista dos auditores investigados está Mário Apolaro Júnior, que ocupa cargo de direção atualmente na Secretaria Municipal de Finanças.

Ele comanda a Divisão de Imunidades, Isenções, Incentivos Fiscais e Regimes Especiais. É também primeiro vice-presidente do sindicato dos auditores do município.

Saiba Mais: Folha

Folha