Elementar: além de si próprio, Dallagnol cita Sherlock Holmes em alegações finais do caso do triplex
As 334 páginas das alegações finais dos procuradores de Curitiba, que acusam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ser “dono” de um triplex no Guarujá, contêm pérolas antológicas.
Deltan Dallagnol, que citou seu próprio livro sete vezes como fonte teórica para explicar o PowerPoint, usou também Sherlock Holmes, a imortal criação de Conan Doyle.
“O ponto aqui é que disso tudo flui que os crimes perpetrados pelos investigados são de difícil prova. Isso não é apenas um ‘fruto do acaso’, mas sim da profissionalização de sua prática e de cuidados deliberadamente empregados pelos réus”, escreve ele.
Dallagnol então exalta o “explanacionismo”: “[…] outros renomados autores examinaram exemplos do uso dessa lógica em inúmeras passagens de Sherlock Holmes”.
Elementar.
