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Elio Gaspari: “O lava-jatismo é a doença senil do combate à corrupção”

Veja o Elio Gaspari
Elio Gaspari. Foto: Wikimedia Commons

O jornalista Elio Gaspari, que era apoiador da Operação Lava Jato, escreveu uma coluna na Folha de S.Paulo neste domingo (9) afirmando que o lavajatismo “contamina” as eleições de 2022.

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O que escreveu Elio Gaspari?

Diz Elio:

“Márcio França, que governou São Paulo em 2018 e é candidato ao cargo, foi a última vítima do lava-jatismo, a variante espetaculosa e instrumental das iniciativas que combatem a corrupção na administração pública.

A Polícia Civil de São Paulo, autorizada pela Justiça, cumpriu mandados de busca e apreensão em 34 endereços de pelo menos seis cidades do estado. Alguns deles estavam ‘ligados’ a França. O que significa ‘ligado’ não se sabe”.

Ele desenvolve o argumento:

“A investigação, que corre em segredo de Justiça, seguiu a regra básica do lava-jatismo, com vazamentos dosados e temperados com uma cifra: os acusados estavam metidos em operações que lesaram a Viúva em cerca de R$ 500 milhões, numa estimativa de dezembro, feita pela Corregedoria Geral da Administração. (Isso tudo nos dias em que se lembrou o primeiro aniversário da invasão do Capitólio, em Washington. De lá para cá, o Federal Bureau of Investigation prendeu centenas de pessoas sem espetáculo algum)”.

E conclui:

“O lava-jatismo é a doença senil do combate à corrupção e contaminou as atividades da República de Curitiba. Ela conseguiu 174 condenações, detonou o maior esquema de corrupção já descoberto na República. Foi manchada pela instrumentalização política e pela espetacularização de suas atividades.

(…)

Serviço bem-feito não precisa de coreografia. Num ano de eleições será forte a tentação para instrumentalizar ações policiais. Elas acabam viciando a boa causa”.

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