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Em artigo, Mourão exalta golpe de 64 e diz que a sociedade “espera mais” das Forças Armadas

O vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, fala à imprensa, após a terceira reunião do colegiado, no Palácio Itamaraty em Brasília
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Em artigo publicado no Estadão, exaltou o golpe de 64 e disse que ele “fortaleceu a representação política”:

“Goste-se ou não, foi o regime instalado em 1964 que fortaleceu a representação política pela legislação eleitoral, que deu coerência à União e afastou os militares da política, legando ao atual regime, inaugurado em 1985 e escoimado de instrumentos de exceção, uma República federativa à altura do Brasil”.

O vice-presidente da República diz que as Forças Armadas têm uma missão constitucional, mas a sociedade “espera mais” dos militares:

“Uma compreensão mais equilibrada e menos passional do passado do País pode nos ajudar a entender o presente e os caminhos que se abrem à nossa frente. Por tudo o que aconteceu ao longo da História do Brasil, a sociedade brasileira sabe que as Forças Armadas continuarão a cumprir rigorosamente suas missões constitucionais. Mas neste momento de dificuldades por que passa o País ela espera mais. Ela conta que seus militares, da ativa e da reserva, não se esqueçam dos seus compromissos com a Pátria que juraram defender, servindo-lhe com ou sem uniforme, ciosos de sua cidadania, orgulhosos do que fizeram e confiantes no que podem fazer de bom para o bem do País. É o que os brasileiros esperam de suas Forças Armadas”.

Ele ainda diz que essa expectativa “clara escolha” feita em 2018, com sua eleição.

O vice-presidente, no entanto, nega a possibilidade de golpe militar no atual governo:

“Os militares que foram chamados a trabalhar no governo que se iniciou em janeiro de 2019 vieram tão somente participar – como cidadãos no pleno exercício de seus direitos e como profissionais de Estado capazes – do esforço de racionalização, efetividade e moralização da administração pública, em prol do soerguimento do País”.