Em artigo no Estadão, FHC chama o golpe de 64 de “movimento de 1964”

Acredite se quiser.
No começo de abril, o noticiário relatou a tensão de militares e do governo Bolsonaro que poderiam comemorar o golpe de 1964 e a ditadura militar que arrasou o Brasil por 21 anos.
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Em artigo publicado neste domingo (4) no jornal O Estado de S.Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, figura importante do PSDB e da direita, conseguiu ainda suavizar o golpe que Bolsonaro quase comemorou.
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Segue o trecho que aparece isso:
“A única vantagem que os mais velhos podem eventualmente ter é que já viveram situações difíceis. Elas não deixaram saudades. Os que se aproximam dos 90 anos (questão de três meses no meu caso), passaram pela 2.ª Grande Guerra; viram a migração do Nordeste tocada pela pobreza e, mais tarde, a do Sul, abrindo fronteiras no Oeste e ocupando terras; passaram pelo golpe de 1937, viram outra vez, de lado político distinto, o movimento de 1964 (em ambos os momentos carreiras foram cortadas e, mesmo, vidas ceifadas, às vezes pela tortura) e viram a democracia voltar a ser um valor. A liberdade é como o ar que respiramos: sem nos darmos conta, é dele que vivemos. Basta cortá-lo para aparecerem consequências nefastas”.
Movimento, FHC?