Em baixa, Brasil desperdiça ‘vitrine’ de Davos, dizem especialistas
Da BBC Brasil:
O ano era 2012 e o vilarejo alpino de Davos estava tomado por faixas promocionais anunciando o Brasil como um poderoso emergente, onde oportunidades para investidores se materializariam em grandes retornos. “Andando pelas ruas havia anúncios por todas as partes e os países mais propagandeados eram Brasil e Índia”, recorda o professor e diretor do Instituto Brasileiro do Kings College de Londres, Anthony Pereira, que participou do evento naquele ano.
Passada meia década, a euforia se desfez. Resultados econômicos pífios se somaram à frustração das obras inacabadas da Copa do Mundo e das Olimpíadas, em um país sacudido pela corrupção da Petrobras e da Odebrecht.
Um processo de impeachment polêmico desbancou a presidente e levou a sociedade à divisão e ao antagonismo, desfazendo por completo o conto de fadas vivido no passado próximo.
Agora, em meio a uma crise econômica em pleno curso, o Brasil chega a Davos carente de prestígio e com uma delegação sem o presidente Michel Temer, fazendo uma participação modesta, que na percepção dos especialistas é uma oportunidade perdida.
A China, por exemplo, terá uma grande comitiva e o presidente Xi Jinping fará a abertura do evento. A África do Sul, outro dos Brics, também mandará seu presidente Jacob Zuma. A vizinha Colômbia será representada pelo presidente e prêmio Nobel Juan Manuel Santos.
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