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Em carta aberta, mais de 500 banqueiros e economistas pedem medidas efetivas de combate à covid

Da Folha de S.Paulo

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, durante cerimônia no Palácio do Planalto Foto: Evaristo Sá/AFP

Grandes banqueiros e economistas do país assinaram e divulgaram, neste domingo, uma carta aberta em que pedem medidas mais eficazes para o combate à pandemia de coronavírus.

Entre as mais de 500 assinaturas estão nomes ligados ao mercado financeiro como José Olympio Pereira (presidente do Credit Suisse), Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles (co-presidentes do conselho de administração do Itaú Unibanco), Solange Srour (economista-chefe do Credit Suisse) e Octavio de Barros (antigo economista-chefe do Bradesco).

As famílias Setubal e Moreira Salles estão entre as famílias mais ricas do país e são donas de grandes companhias. Os Setubal têm participação acionária na Itaúsa, por exemplo, enquanto os Moreira Salles também controlam empresas como a CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), a Revista Piauí e o Instituto Moreira Salles.

Também assinam ex-presidentes do Banco Central, como Armínio Fraga, Affonso Celso Pastore, Gustavo Loyola e Ilan Goldfajn e ex-minitros da Fazenda, como Pedro Malan, Marcílio Marques Moreira e Ruben Ricupero. (…)

“Essa recessão […] não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal. Este subutiliza e utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia”, dizem os economistas.

Além do ritmo lento e da insuficiência das vacinas no país diante do risco de surgimento de novas cepas do vírus, a carta também traz ponderações sobre a necessidade de limitação da mobilidade e sobre o custo que a pandemia já teve para o Brasil.

(…)