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Em cinco anos: Prefeitura de SP deixa de gastar R$ 2,7 bilhões em obras anticheia

De Bruno Ribeiro e Adriana Ferraz no Estado de S.Paulo.

Nos últimos cinco anos, a Prefeitura de São Paulo deixou de gastar R$ 2,7 bilhões em obras para o controle de cheias na cidade. Em números atualizados, entre 2015 e 2019, as administrações de Fernando Haddad (PT), João Doria (PSDB) e a atual, de Bruno Covas (PSDB), planejaram desembolsar R$ 3,8 bilhões em intervenções nos córregos, mas apenas R$ 1,1 bilhão foi investido em projetos que saíram do papel.

Entre as propostas que ficaram nas pranchetas, estão intervenções em córregos com histórico de transbordamentos, como o Zavuvus, na zona sul, e o Córrego da Paciência, na zona norte, além de serviços de drenagem na região da Lapa, zona oeste, planejados para ocorrer em meio à construção da Ponte Raimundo Pereira de Magalhães, que ligará a região à Pirituba, na zona norte.

Não entram nesta conta os serviços de manutenção dos rios e córregos – retirada de entulho e desassoreamento de calhas, um trabalho mais ligado à zeladoria urbana. Entre 2014 e 2019, a previsão de gastos com esses serviços de manutenção era de R$ 970 milhões. Segundo dados da Secretaria Municipal da Fazenda, compilados pelo jornal O Estado de S. Paulo, 86% dessa verba (R$ 835 milhões) foi gasta.

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