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Em documento, PT exalta Haddad como ‘nova liderança’

Fernando Haddad em Campinas. Foto: Ricardo Stuckert

De acordo com o Poder360, o diretório nacional do PT aprovou neste sábado (1) um documento com um balanço das eleições de outubro e resoluções sobre o posicionamento do partido sobre o futuro governo de Bolsonaro. A versão final ainda não foi divulgada pela sigla, mas foi aprovada durante reunião do diretório, em Brasília.

O texto final excluiu trechos com autocríticas sobre o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e sobre a derrota do candidato petista à Presidência, Fernando Haddad, para Bolsonaro. O partido avaliava pelo menos 3 documentos diferentes até esta sexta-feira (30).

No texto, Haddad, que não compareceu à reunião por estar nos EUA para participar de evento a convite do senador americano Bernie Sanders, é apontado como a nova liderança nacional do PT.

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, havia afirmado que o partido não queria “um texto que avaliasse os governos anteriores”. 

Não tem autocrítica no texto. O PT faz autocrítica na prática. O PT fez financiamento público de campanha, o PT está reorganizando as bases, o PT está com movimento social. Nós não faremos autocrítica para a mídia e não faremos autocrítica para a direita do país“, disse.

Leia trechos do documento:

  • aceno à esquerda: “O Diretório Nacional cumprimenta, também, os partidos e setores partidários que apoiaram nossa chapa no primeiro e no segundo turno das eleições, em particular oPartido Comunista do Brasil, o Pros, setores do PSB, o Psol e setores do PDT”;
  • ex-presidente Lula“Lula mais uma vez esteve no centro da disputa eleitoral, política e ideológica. Passada a eleição, Lula segue como a principal liderança da esquerda brasileira. Por isso declaramos que continuaremos na luta pela liberdade e pela anulação de todas as sentenças injustas. Lula Livre!”;
  • fim da parceria com Cuba no Mais Médicos: “O Diretório Nacional do PT se solidariza com os milhões de brasileiros e brasileiras que estão sendo privados de assistência médica em consequência da ação do presidente eleito contra o Programa Mais Médicos e contra os médicos cubanos e manifesta o nosso mais profundo agradecimento em nome daqueles que tiveram suas vidas salvas pela solidariedade internacionalista;
  • ataques do PSDB: “Depois de sua derrota em 2014, o PSDB e seus aliados decidiram sabotar o governo Dilma –a partir do resultado eleitoral, seguido pelo apoio tucano às “pautas-bomba” junto com ex-deputado Eduardo Cunha, pelo apoio ao golpe e pela participação no ilegítimo governo Temer”;
  • Justiça: “Mesmo após o impeachment, a coalizão golpista não cessou sua caçada judicial contra o PT e o presidente Lula. Com a condenação e a prisão injustas dele, setores que dirigem o Judiciário trabalharam para legitimar a narrativa da extrema direita: o PT apresentado como uma ‘organização criminosa’”.