Em email, dono da Istoé compara capa com Delcídio a matéria ‘que jogou pá de cal no governo Collor’
Caco Alzugaray, herdeiro da Editora Três, que publica a Istoé, mais conhecida como Quantoé, mandou uma mensagem a seus funcionários comparando a capa com a delação de Delcídio à de Eriberto França, motorista de Collor.
“Foi um dia histórico pro Brasil”, diz Caco, dizendo que a empresa está “virando o jogo”. Não fez menção ao atraso de salários da equipe, que dura alguns meses, e nem a acertar a situação da indenização de jornalistas que vêm sendo demitidos.
O email:
Querida equipe de jornalistas e designers da Três,
Hoje, como em algum dos primeiros dias de julho de 1992, quando trouxemos o Eriberto França na capa da IstoÉ e jogamos a pá de cal sobre o governo Collor, foi um dia histórico pro Brasil, pra Três, pra IstoÉ, pra todos nós.
Agradeço muito a dedicação e parabenizo também demais a competência de cada um vcs, para que pudéssemos (como pudemos) alcançar um resultado tão glorioso de nosso trabalho: tenho certeza hoje que todos dormiremos com enorme orgulho no peito!
Nossos dias, como os da grande maioria dos trabalhadores do Brasil atual, não estão nada fáceis. Mas é assim, fazendo a nossa parte (e muito bem feita como vcs estão fazendo!) é que vamos colaborar para virarmos o jogo! De novo, no Brasil e na Três!
Muito orgulho de fazer parte desta equipe que está escrevendo um dos capítulos mais importantes da história do país.
Parabéns hoje em especial à Débora, Marques, Lula, Simas e Pardelas!
Continuem contando com o meu MÁXIMO esforço para virarmos o jogo,
Emocionado,
Caco