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Em prisão domiciliar, Sara Winter diz que se aposentou: “Nunca mais vocês vão me ver gritando ‘mito'”

Da Veja

A terrorista Sara Winter

Em maio do ano passado, a ativista Sara Winter estava no epicentro de uma crise institucional. Líder de um grupelho autointitulado 300 do Brasil, ela comandou manifestações em Brasília que pediam o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma delas, os militantes compareceram usando máscaras brancas, roupas negras, empunhando tochas e entoando cânticos bizarros. Em outra, lançaram fogos de artifício em direção ao prédio da mais alta corte de Justiça do país. (…)

Na época, ministros do STF classificaram o ato como um grave ataque à democracia — e era mesmo. Sem se intimidar, Sara continuou sua pregação radical pelas redes sociais, prometeu novas ações para “infernizar” a vida dos ministros e revelou o desejo íntimo de “trocar socos” com um deles. Apoiadora do presidente Bolsonaro, ela foi presa preventivamente logo em seguida, acusada de violar a Lei de Segurança Nacional. Oito meses depois, as convicções da ativista, ao que parece, também mudaram radicalmente.

“Decidi me aposentar. Nunca mais vocês vão me ver gritando ‘mito’, ‘mito’. Hoje morreria de vergonha de fazer isso”, diz a agora ex-ativista. Isso não quer dizer que Sara Winter deixou de admirar ou apoiar o presidente. “Fiz tudo aquilo acreditando que havia um movimento para derrubá-­lo. Eu me sacrifiquei para defendê-lo e faria tudo de novo, apenas de uma maneira diferente.” (…)