Em recado a Maia e Guedes, Marinho diz que teto de gastos é detalhe

“Furar teto quando se fala em R$ 3 ou R$ 5 bilhões, quando temos um déficit que está estimado em R$ 800 bilhões? Essa despesa vai ocorrer este ano de forma excepcional, e a partir de 1º de janeiro nós voltamos à normalidade fiscal. Então me parece que algumas pessoas estão apostando contra o país”, declarou Rogério Marinho, secretário especial de Previdência e Trabalho, em entrevista à Jovem Pan.
É mais um capítulo na sua disputa contra o titular da Economia, Paulo Guedes, e um recado ao presidente da Câmara.
Nesta semana, Rodrigo Maia chamou de inconstitucional a MP de crédito extra de R$ 5 bilhões para obras e disse estranhar o “caminho errado” que Marinho estaria tomando.
Marinho também citou Bolsonaro e disse ser “necessário um pouco mais de patriotismo e de olhar a questão não como uma árvore, mas como uma floresta inteira”.
O debate sobre furar o teto de gastos – Guedes chamou o grupo de Marinho no governo de irresponsável – “sempre teve responsabilidade fiscal”, alegou o novo braço direito de Bolsonaro, desde que iniciou o namoro do presidente com o Centrão.
Marinho alegou que o momento é de excepcionalidade em razão da pandemia da Covid-19.