Em resposta a Bolsonaro, Pfizer diz que não vai submeter vacina para uso emergencial no Brasil

Após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que os laboratórios deveriam ter interesse em vender vacina contra o coronavírus para o Brasil, a Pfizer afirmou, em nota, que não irá submeter sua vacina para uso emergencial no Brasil.
A farmacêutica afirmou ainda que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu uma série de “análises específicas” para liberação emergencial da vacina da Covid-19 no Brasil e que, por enquanto, seguirá com o pedido por outro formato, o de submissão contínua: quando a companhia envia documentos aos poucos, enquanto faz estudos e levanta dados.
Leia abaixo o comunicado na íntegra:
Em relação às negociações com o governo brasileiro e à submissão de uso emergencial da vacina BNT162, desenvolvida pela Pfizer e pela BioNTech, esclarecemos:
- No dia 14 de dezembro, realizamos uma reunião com a Anvisa para esclarecer dúvidas sobre o processo de submissão para uso emergencial.
- As condições estabelecidas pela agência requerem análises específicas para o Brasil, o que leva mais tempo de preparação.
- A submissão de uso emergencial também pede detalhes do quantitativo de doses e cronograma que será utilizado no país, pontos que só poderão ser definidos na celebração do contrato definitivo.
- Tendo em vista as particularidades do Guia de Submissão para Uso Emergencial, elaborado pela Anvisa, entendemos que a submissão contínua é o processo mais célere neste momento.
- A Pfizer Brasil já submeteu à agência, pelo processo de submissão contínua, os resultados da Fase 3 dos estudos, o que significa mais um passo rumo à aprovação da vacina BNT162.
- A farmacêutica continua em negociações com o governo federal para o fornecimento de sua vacina contra a covid.