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Em São Paulo, mais de 1,5 milhão já tiveram contato com o novo coronavírus

São Paulo. Foto: Wikimedia Commons

Da reportagem de Emanuel Colombari no UOL.

A terceira fase do SoroEpi MSP, projeto de monitoramento da soroprevalência do novo coronavírus na cidade de São Paulo, apontou a presença de anticorpos em 17,9% da população adulta do município. Isso quer dizer que 1,5 milhão de moradores da capital paulista com 18 anos ou mais já tiveram contato com a covid-19.

Os dados apresentados hoje foram coletados entre os dias 20 e 29 de junho, com testes sorológicos em 1.470 indivíduos em 115 setores censitários do município. O projeto é uma iniciativa de cientistas e médicos da USP (Universidade de São Paulo) e da secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.

Segundo os responsáveis pelas pesquisas, não foi possível apontar mudanças na soroprevalência da cidade de São Paulo entre a segunda e a terceira fases do monitoramento. Assim, assim como na fase anterior, com testes entre 15 e 24 de junho, os piores números se concentram na população preta e parda, de escolaridade mais baixa e de baixa renda.

A soroprevalência se mostrou mais alta na população de renda média mais baixa (abaixo de R$ 3.349,00), com 22% das pessoas testadas apresentando anticorpos. Na população de renda média mais alta (a partir de R$ 5.541,00), o percentual é de 9,4%. Na renda média intermediária, os testes apontaram anticorpos em 18,4% da população testada.

Entre a população preta e parda, os anticorpos foram encontrados em 20,8% da população testada. O número é superior ao encontrado entre a população branca (15,4%) e de outras etnias (14,0%).

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