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“Empreendedorismo”: jovens pagam faculdade com vendas irregulares no metrô

Metrô de SP. (Metrô de SP/Facebook/ Divulgação)

Do UOL:

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No Brasil, há 11,2% de desempregados, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada em 27 de dezembro pelo IBGE. A desocupação caiu em relação aos trimestres anteriores, mas o aumento dos empregos sem carteira assinada registrou taxa recorde, sendo 2,9% no emprego sem carteira no setor privado e 1,2% de trabalhadores por conta própria.

“Desde 2015 o Brasil passa por uma dinâmica econômica de recessão ou de quase estagnação. Na melhor das hipóteses, o PIB brasileiro para 2019 será de pouco mais que 1%. Nesse ritmo, não há perspectiva de geração de emprego de qualidade para a população desocupada. A saída dos trabalhadores tem sido o trabalho informal, que decorre da baixa expectativa dessa população em encontrar um emprego decente”, afirma Marcos Aurélio Souza, economista no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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Natural do Rio Grande Norte, Carlos*, de 20 anos, está em São Paulo há 10. Ele percorre os vagões do Metrô e as linhas de trens da CPTM. De camisa social, Carlos vende carteiras há três anos, está no segundo semestre de engenharia e mora com a esposa, atendente de telemarketing que estuda psicologia. “Trabalhando cinco dias na semana, consigo até R$ 1.500 mensais. Pago R$ 400 na faculdade”, comenta.

Carlos acredita que só vai conseguir emprego em Engenharia quando estiver no 3º ano. Ele segue entregando currículo, mas nada até agora.

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