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Emprego de gerente de hotel é ‘plano B’ de Dirceu, dizem amigos

 

O emprego de gerente no hotel Saint Peter em Brasília não era a opção preferencial de Dirceu, mas foi considerado por sua defesa o cenário com menor risco de rejeição por parte do juiz Bruno Ribeiro.

Amigos e auxiliares do ex-ministro relatam que ele preferia abrir uma filial ou transferir para Brasília sua empresa de consultoria.

Dessa forma, teria mais liberdade para coordenar o movimento em sua defesa, fazer contatos profissionais e atualizar seu blog. Além disso, poderia usufruir de um espaço confortável no período em que estivesse fora do presídio.

“O juiz de execução poderia negar a autorização de trabalho caso julgasse que o emprego pudesse dificultar a execução da pena ou fosse uma forma de burlar a lei”, diz o advogado criminalista Pierpaolo Bottini, responsável pela defesa de Luiz Carlos da Silva, o Professor Luizinho, na primeira etapa do julgamento do mensalão.

O segundo cenário para José Dirceu seria trabalhar em um escritório de advocacia. Alguns profissionais amigos do ex-ministro foram sondados, entre eles Hélio Madalena, Sigmaringa Seixas e Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.

A conversa com Madalena foi a única que avançou e ele aceitou contratar Dirceu. “O problema é que ele é muito marcado como amigo do ex-ministro”, afirma um interlocutor.

“Foram inúmeras as opções de trabalho que ele recebeu. A escolha do hotel, entretanto, é a que preenche todos os requisitos necessários para o deferimento do juiz”, diz o advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador jurídico do PT e um dos principais aliados do ex-ministro no partido.

Saiba Mais: Jornal Pequeno