“Por impulso”: mulher aceita emprego no Ano Novo e fica seis meses presa no mar

Giulia Baccosi, cozinheira italiana de 31 anos, aceitou um emprego por impulso na virada de 2019 para 2020 e acabou confinada por quase seis meses em um navio durante o auge da pandemia. Ela embarcou no cargueiro à vela “Avontuur”, que partiu da Alemanha rumo ao Caribe, transportando azeite e rum. Quando a Covid-19 fechou portos e fronteiras, a tripulação ficou impedida de desembarcar, sem saber quando poderia voltar para casa. Com informações da BBC News.
Ela recebeu uma mensagem oferecendo trabalho como cozinheira. Sem pensar muito, respondeu: “Vou com você até o México, e, depois, saio.” A decisão, tomada por impulso, a deixaria isolada em alto-mar por seis meses.
Durante os 188 dias de travessia, Giulia teve de racionar alimentos e gás, improvisando refeições para os 15 tripulantes com o que restava a bordo. Em meio à escassez, o grupo também viveu momentos de solidariedade, ao resgatar 16 migrantes à deriva no Atlântico. O único contato com o mundo exterior era um e-mail diário via satélite.
Quando finalmente atracaram na Alemanha, Giulia disse não se reconhecer mais: “Estou de volta, mas não sou a mesma pessoa de antes”. Sua história foi relatada pela BBC, cinco anos após a viagem que transformou sua vida e a tornou símbolo de resistência e humanidade em tempos de isolamento global.