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Empresa acusada de corrupção já teve licitação com o MEC cancelada pelo TCU

Abraham Weintraub. Foto: Agência Brasil

Do Estadão:

Vencedora de uma licitação do Ministério da Educação (MEC) para vender kits escolar para estudantes, a Brink Mobil já foi alvo de suspeitas de fraude em outro negócio com a pasta. Em março de 2019, um edital para a compra de kits de robótica, no valor de mais de R$ 1,3 bilhão, foi anulado por determinação do Tribunal de Constas da União (TCU), que viu “vícios” no pregão que poderiam beneficiar a empresa.

O Estado revelou na semana passada que, mesmo tendo sido alertada de que a Brink Mobil e seu proprietário, Valdemar Abila, são acusados de envolvimento em um esquema que desviou R$ 134,2 milhões de dinheiro público da saúde e da educação na Paraíba, a diretoria do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE) prosseguiu com a contratação da empresa para fornecer os kits escolares.

No acórdão da decisão que anulou a contratação anterior, a Corte de Contas diz que os pregoeiros do MEC prepararam um edital com regras para beneficiar a Brink. O processo de licitação havia sido aberto um ano antes, em março de 2018, ainda na gestão de Michel Temer.O tribunal entendeu que a “fixação de critério” pelo pregoeiro, durante o transcorrer do Pregão Eletrônico 4/2018, “apresentou risco de restringir a competividade do certame e de não garantir a contratação de empresa apta ao cumprimento do objeto”.

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