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Empresa acusada de fraude intermediou compra da vacina Covaxin pelo governo

Vacina Covaxin contra a covid-19, desenvolvida pela empresa indiana Bharat Biotech. Foto: Divulgação/Bharat Biotech

A Precisa Medicamentos, empresa acusada de na venda de testes rápidos para covid-19, intermediou as negociações do governo Bolsonaro pela vacina Covaxin.

O imunizante foi comprado com valor 1000% maior do que o estimado pela fabricante, a Bharat Biotech.

Segundo o Ministério Público, a empresa foi beneficiada em uma compra com dispensa de licitação com R$ 38,4 milhões.

A descoberta se deu na Operação Falso Negativo, que ocorreu em julho do ano passado.

O ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, chegou a ser preso na operação.

A Secretaria de Saúde do governo do DF foi denunciada por supostamente ter favorecido a empresa em um contrato de R$ 21 milhões.

A Precisa também tem ligação com outra companhia denunciada por não entregar remédios ao Ministério da Saúde.

Segundo o MP, a empresa perdeu o prazo para apresentação da proposta e, mesmo assim, foi escolhida para fornecer 300 mil testes rápidos, no valor de R$ 125 cada.

Em depoimento ao MPF, um servidor da área técnica do Ministério da Saúde relatou ter sido alvo de “pressão atípica” para acelerar a importação do imunizante.

Segundo o servidor, o responsável pela pressão foi o tenente-coronel Alex Lial marinho, homem de confiança de Eduardo Pazuello.

O depoimento do sócio da empresa, Francisco Maximiano, foi marcado para amanhã (23), na CPI da Covid.

Ele ainda não confirmou sua presença na oitiva.