Empresa de controle de pragas é suspensa após morte de 50 pássaros; entenda

A Justiça do Distrito Federal suspendeu as atividades de uma empresa de controle de pragas após a morte de cerca de 50 pássaros. As aves ficaram presas em uma cola adesiva supostamente ecológica aplicada na murada de uma residência. De acordo com testemunhas, os animais morreram por exaustão e ferimentos após ficarem presos no produto.

A decisão da Vara de Meio Ambiente do TJDFT determinou a apreensão de todos os produtos e equipamentos usados pela empresa, tanto na sede quanto com seus representantes. A companhia está proibida de atuar em qualquer serviço de controle de pragas ou fauna, sob pena de multa de R$ 10 mil por descumprimento.

O juiz afirmou que a medida foi tomada por precaução, com base no princípio “in dubio pro natura”, ou seja, na dúvida, em favor da natureza. Os materiais coletados serão analisados pelo Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil em até 90 dias, para confirmar se a substância causou as mortes.

A empresa será intimada a apresentar sua defesa e o Ministério Público acompanhará o caso. Paralelamente, o proprietário foi indiciado por 30 crimes ambientais, incluindo maus-tratos com resultado morte. A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais realizou perícia no local e enviou o caso ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que poderá aplicar multa administrativa.