Empresa que assediou funcionários para votar em Bolsonaro deve pagar R$ 10 milhões

Após a empresa Stara Indústria de Implementos Agrícolas divulgar um comunicado anunciando a “redução de sua base orçamentária em pelo menos 30%” caso o ex-presidente Lula (PT) vença as eleições, o Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul ajuizou uma ação civil pública contra a empresa. Para o MPT-RS a empresa cometeu a ilegalidade e foi pedida uma indenização de R$ 10 milhões por dano moral coletivo.
A empresa já era alvo de apuração da Procuradoria do Trabalho de Passo Fundo por materiais enviados a funcionários que configurariam coerção.

Em vídeo divulgado no dia 4 de outubro, o presidente da Stara, Átila Trennepohl, afirmou que a carta aos fornecedores que circula nas redes sociais aponta apenas uma revisão das projeções da empresa.
No entendimento do MPT-RS, o não reconhecimento da empresa de que estaria cometendo uma ilegalidade impediu que fosse cogitado um ajustamento de conduta.
Além do pagamento de danos morais coletivo, o órgão também pede pagamentos individuais para cada pessoa que possuía relação de trabalho com a Stara em setembro passado.
A empresa sediada na cidade gaúcha de Não-Me-Toque, tem entre seus donos o segundo maior doador da campanha à reeleição de Bolsonaro, Gilson Trennepohl. Com uma doação de R$ 350 mil para a campanha de Bolsonaro e R$ 300 mil para Onyx Lorenzoni (PL-RS).