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Empresário morre após sessão de ozonioterapia, defendida por bolsonaristas

Publicado por
Guilherme Arandas
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Mauro Fernandes Júnior, de 41 anos, era dono da PNG Port Serviços Marítimos. Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Paraná investiga a morte do empresário Mauro Fernandes Júnior, de 41 anos, ocorrida na última terça-feira (29), durante uma sessão de ozonioterapia em uma clínica de estética em Paranaguá, no Litoral do Estado. O procedimento, que não é regulamentado pela Anvisa como tratamento médico, foi defendido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19, mesmo sem comprovação científica.

Segundo o boletim de ocorrência, Mauro sofreu uma parada cardíaca logo no início da aplicação, que buscava tratar uma luxação no ombro. Ele já havia relatado desconforto em uma sessão anterior, quando teve tontura após o atendimento. No dia da morte, praticou natação pela manhã, passou em casa para ver a esposa e a filha e, em seguida, seguiu para a clínica. Pouco depois do início do procedimento, começou a passar mal.

A profissional que conduzia a aplicação prestou os primeiros socorros e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe médica tentou reanimá-lo por aproximadamente 50 minutos, mas Mauro não resistiu. A clínica ainda não teve o nome divulgado, e a qualificação da responsável pela sessão está sob apuração.

A causa da morte ainda será determinada por exames periciais. A Polícia Civil aguarda os laudos médicos e pretende ouvir testemunhas para apurar se houve erro, negligência ou alguma complicação natural durante a aplicação da ozonioterapia — procedimento que, embora usado em clínicas de estética, segue sendo considerado controverso e não possui autorização da Anvisa como tratamento médico oficial.

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